Pra colocar a escola da palavra no mundo, a gente precisava de alguém que ajudasse a transformar ela em imagem. Veio logo na cabeça o trabalho da Hana Luzia. A gente já era fã das coisas que ela fazia, do Jornal Literário PERNAMBUCO à Revista Verberenas, e ficamos muito felizes dela ter chegado no projeto.
As primeiras reuniões pra uma tarefa como essa são muito divertidas e muito difíceis. A gente chega com um monte de referência e conceito na cabeça e a artista precisa traduzir tudo de um jeito simples. Hana fez isso, e o resultado é que cada detalhe da nossa logo lembra algo legal da nossa troca.
A gente tem um pouco de mania de parafernália, de maquineta, dessas coisas que na Cuba da década de 1990 o povo chamava de rikimbili: juntar um motor de máquina de costura com uma pá recortada de uma bandeja de alimentação e enfrentar o verão. Quando passar o calor, desmontar e transformar numa lixadeira e numa antena de TV. Coisas desse tipo: combinações entre o familiar, o obsoleto, a necessidade e o disponível pra inventar algo que a gente não tem.
Nossa logo tem uma forma estranha com o que talvez sejam duas perninhas e uma mola de cada lado. Cê consegue adivinhar o que é?
Comments