ler a Ilíada
a Ilíada de Homero: mito, história e poesia com Alexandre Costa
programa
A Ilíada é um poema e um hino. Cantado pelos aedos primeiro e depois circulando nos séculos seguintes até a sua fixação em forma escrita, o primeiro dos poemas homéricos costuma ser considerado, em plano simbólico, o grande ato fundador do Ocidente, além de constituir o mais antigo e mais extenso documento literário legado pelos antigos gregos. Sua narrativa funda-se no elogio à Ira de Aquiles, exposta e desenvolvida ao longo de 24 cantos que têm a Guerra de Tróia como cenário e horizonte. A proposta desses encontros encerra o desejo de analisar o poema canto a canto, considerando os gestos e conteúdos do seu enredo e os seus recursos formalmente poéticos. Previsão do percurso dos encontros Os encontros irão explorar três eixos principais de estudo e consideração: (i) a natureza da linguagem mítica e a própria realidade do mito como modo de narração e invenção poética; (ii) a polissemia da ideia de história que envolve (anacronicamente) o poema: a história como enredo; a história como “fato”; e a história como dobra entre a criação e a memória; e (iii) a questão da poíesis no referido contexto de época, o que ela diz da função sociopolítica do poeta antigo e o que ela ainda pode dizer em matéria de poesia e criação poética. Ritmo de leitura Encontro 1 – Introdução: (a) considerações a respeito da “questão homérica”; (b) comentários sobre tradução. Encontro 2 – Introdução: A Ilíada, plano de obra e estrutura narrativa Encontro 3 – Canto I Encontro 4 – Cantos II e III Encontro 5 – Cantos IV e V Encontro 6 – Cantos VI, VII e VIII Encontro 7 – Cantos IX e X Encontro 8 – Cantos XI e XII Encontro 9 – Cantos XIII e XIV Encontro 10 – Cantos XV e XVI Encontro 11 – Cantos XVII e XVIII Encontro 12 – Canto XVIII (continuação) e XIX Encontro 13 – Cantos XX, XXI e XXII Encontro 14 – Cantos XXIII e XXIV Encontro 15 – Conclusão Alexandre Costa é professor associado do Departamento de Filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Procura unir suas atividades acadêmicas, de caráter histórico-filosófico, com o exercício da crítica e também da criação nas áreas de cinema e teatro. Concentra o seu trabalho em filosofia, literatura e teatro da Antiguidade Clássica de expressão grega, com ênfase em poesia épica, escrita filosófica arcaica e nas tragédias. Traduziu e colaborou com a dramaturgia da Oréstia de Ésquilo (dir. Malu Galli e Bel Garcia) e é coautor de A História da Filosofia em 40 Filmes (Nau Editora, 2013).