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disponível online

a imagem que falta

poesia e invenção

Começa em: 12 de jun.
320 Reais brasileiros
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programa

A oficina parte da noção de fabulação crítica, elaborada por Saidiya Hartman, como um modo de produzir narrativas poéticas diante daquilo que a história e os arquivos não contam. Trata-se de um convite à escrita como gesto político e imaginativo, capaz de fabular o que foi silenciado, o que só pode ser acessado pela invenção. A proposta se amplia em diálogo com as proposições da Comunidade Catrileo+Carrión, que investiga formas de criação ligadas a ancestralidades indígenas, dissidências sexuais e de gênero, e à busca por antepassades e modos de vida que confrontam a normatividade cisheteropatriarcal. A criação poética, nesse contexto, é acionada como uma prática de invenção radical, memória encarnada e construção transtemporal. Ao longo de quatro encontros, as pessoas participantes trabalharão com imagens – fotografias, fragmentos visuais, documentos, objetos e arquivos pessoais e coletivos – como ativadores para a escrita. A cada encontro, serão propostas ações poéticas de escrita. Teoria e prática se entrelaçam em uma pedagogia poética que valoriza a escuta, o corpo e a experimentação da linguagem. 1 – O que pode uma imagem? O que pode a fabulação crítica? Introdução aos conceitos de fabulação crítica e imaginação transtemporal. Leitura de trechos de Saidiya Hartman e da Comunidade Catrileo+Carrión. Escrita a partir de imagens de arquivo, tensionando o visível e o ausente, o que se pode ou não saber. Investigação das lacunas como espaço de criação. 2 – Corpos e coletivos: como fabular juntes? Leitura de materiais que fabulam com deslocamentos, ausências e múltiplas vozes. Escrita a partir de imagens coletivas, experimentando a construção de uma linguagem partilhada e não normativa. Discussões sobre escrita, poesia, coletividade e a prática de trabalho com imagens. 3 – Arquivar por fabulação: como guardamos o que não existiu? Reflexão sobre o poema como arquivo sensível e especulativo. Escrita de poemas-arquivo baseados em imagens incompletas, apagadas ou ambíguas. Leitura de autoras e autores que trabalham com fragmentos, interrupções e formas híbridas. Pensamento sobre a criação como contra-arquivo. 4 – Fabular-se: arquivos pessoais e processuais As pessoas participantes trazem imagens pessoais como ponto de partida. Escrita de textos poéticos que misturam memória, ficção, desejo e invenção. Fabular-se como gesto político de criação de si e de outras temporalidades possíveis.


sessões


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